Os Nove Pecados Satânicos
© 1987 - Anton Szandor LaVey,
1. Estupidez – O topo da lista no que diz
respeito aos Pecados Satânicos. O Pecado Cardinal do Satanismo. É pena que a
estupidez não seja dolorosa. Ignorância é uma coisa, mas a nossa sociedade
alimenta-se cada vez mais da estupidez. Depende das pessoas seguirem tudo aquilo
que lhes é dito. A comunicação social promove uma estupidez tratada como uma
postura que não é apenas aceite mas louvada. Os Satanistas devem aprender a ver
para além dos truques e não se podem dar ao luxo de ser estúpidos.
2. Pretensão – Uma postura oca pode ser
tremendamente irritante e não aplica as leis cardinais da Lesser Magic.
No mesmo patamar da estupidez no que diz respeito ao que mantém o dinheiro a
circular nos dias de hoje. Todos são levados a sentir-se alguém importante, quer
consigam feitos que o comprovem ou não.
3. Solipsismo – Pode ser bastante perigoso
para os Satanistas. Projectar as reacções, respostas e sensibilidades em alguém
que não está provavelmente alinhado com a própria pessoa. É o erro de esperar
que as pessoas retribuam a mesma consideração que naturalmente lhes é dada. Não
o farão. Em vez disso, os Satanistas devem esforçar-se por aplicar o ditado "Faz
aos outros o que eles te fazem a ti." É trabalhoso para a maior parte das
pessoas e requer constante atenção, não se vá cair na confortável ilusão que
todos são como nós. Como já foi dito, certas utopias seriam ideais numa nação de
filósofos, mas infelizmente (ou talvez felizmente, de um ponto de vista
Maquiavélico) estamos longe desse ponto.
4. Auto-Ilusão – Está nas Nove Afirmações
Satânicas mas merece ser repetido aqui. Outro pecado cardinal. Não devemos
prestar homenagem a nenhuma das vacas sagradas que nos são apresentadas,
incluindo como se espera que nos comportemos. A única altura em que se pode
abordar a auto-ilusão é quando ela é divertida, e conscientemente. Mas dessa
forma, não é auto-ilusão!
5. Conformismo de Massas – É óbvio de uma
perspectiva Satânica. Não há problema em conformar-se aos desejos de uma pessoa,
se em última análise isso nos vai beneficiar. Mas só os tolos seguem as massas,
permitindo que uma entidade impessoal dite as regras. A chave é escolher um
mestre sabiamente em vez de ser escravizado pelos caprichos das massas.
6. Falta de Perspectiva – De novo, pode ser
muito doloroso para o Satanista. Nunca nos podemos esquecer de quem e o que
somos, e que ameaça podemos ser, apenas por existirmos. Estamos a fazer história
neste preciso momento, todos os dias. É preciso manter sempre presente uma visão
histórica e social alargada. É uma peça importante quer para a Lesser Magic
quer para a Greater Magic. Observa os padrões e encaixa as peças como
pretendes que elas se encaixem. Não sejas coagido pelas restrições das massas -
compreende que funcionas num nível diferente do resto do mundo.
7. Esquecimento de Ortodoxos Passados –
Atenção que esta é uma das chaves para a lavagem cerebral que é feita às pessoas
para as levar a aceitar algo novo e diferente, quando na realidade é algo que
foi outrora amplamente aceite e é agora apresentado numa nova embalagem. É
esperado que deliremos com o génio do criador e esqueçamos o original. Isto cria
uma sociedade descartável.
8. Orgulho Contraproducente – A segunda palavra é importante. Orgulho é óptimo até ao momento em que “se atira o bebé pela janela juntamente com a água do banho”. A regra do Satanismo é: se funciona para ti, óptimo. Quando deixar de funcionar para ti, te tiveres deixado encurralar e a única forma de resolver a situação é dizendo: lamento, cometi um erro, gostava de chegar a um meio termo, compensar de alguma forma”, então fá-lo.
9. Falta de Estética
– Esta é a aplicação física do Factor de Equilíbrio. Estética é importante na
Lesser Magic e deve ser alimentada. É óbvio que ninguém consegue na maioria
das vezes ganhar dinheiro com standards clássicos de beleza e forma, por isso
eles são desencorajados numa sociedade consumista, mas um olho para a beleza,
para o equilíbrio, é uma ferramenta Satânica essencial e deve ser aplicada para
maximizar a eficácia da magia. Não é o que é suposto ser agradável – é o que
realmente o é. Estética é uma coisa pessoal, reflexo da nossa própria natureza,
mas há configurações que são universalmente agradáveis e harmoniosas que não
devem ser negadas.
[Texto traduzido e utilizado com autorização]